Um clima de veraneio invadiu a praia trazendo para o resort a boemia carioca misturada a uma estética californiana típica dos anos 70. Tons sépia, guarda-sóis com florais naif, logotipos retrô e uma explosão de amarelos arenosos que vão do ocre ao mostarda. Esse ar de bossa promove um relaxamento em relação aos padrões, abrindo caminho para uma estética mais direta e menos sofisticada, sugerindo um descompromisso, que permite não se levar tão a sério e propõe a revelação de quem se realmente é, mas com toque, um “Q de chic”.
Afinal, o chic é o novo cool!
A palavra “chic”, que perdeu a antiga conotação de elegância, se tornou sinônimo de bacana e descolado, traduzindo de maneira objetiva a proposta do tema: a busca pela livre expressão, o relaxamento em relação as normas, a aceitação não irônica dos defeitos, trazendo leveza e descontração. O comum opõe-se ao esnobismo do bom-gosto a fim de romper o elo com o formal em uma busca de uma maneira mais simples de viver.
As listras ganham um revival com inspirações náuticas a bordo de um cruzeiro de férias em que todas as combinações são permitidas: desde as tradicionais listras brancas e azul marinho às coloridas, das desencontradas às combinadas com xadrezes e das finas e planas às largas e plissadas.
O handmade ganha espaço através de macramês, rendas e bordados de forma nostálgica, reavivando a estética da segunda metade do século passado, com louças esmaltadas e eletrodomésticos coloridos. Nessa onda, o vichy aparece em diversas releituras, sejam elas coloridas, maximizadas ou em tecidos leves e translúcidos.
A cartela de cores traz, além dos amarelos Favo de Mel e Amarelo Sunset, tons lavados, como o Verde Árido e o Ink Denim. Vermelhos terrosos como o Caramelo Queimado e o Figo da Índia são acesos pelo brilho contrastante de tons vibrantes como o Limonada Suíça, o Vermelho Sorbet, o Rosa Marshmallow e o Mandarim.
O conforto se torna chique através de malhas trabalhadas e peças oversized, ora com ar de boudoir, ora cara de roupa de trabalho de artistas em seus ateliers, ensaiando uma elegância inata, natural. Ainda embalado nesse clima artsy, surge um flerte com o sul da França em que o charme provençal de brancos desgastados empresta uma aura fresca renovando laises e bordados ingleses. Linhos e algodões complementam a estética de rusticidade chique em que o natural se torna confortável temperado com um requinte suave.
Uma vontade transgressora rompe os limites do casual permitindo o uso de roupas, anteriormente associadas a ocasiões especiais, em situações quotidianas do dia-a-dia. O clima de celebração reforça a necessidade de auto expressão e aceitação que permite festejar em qualquer lugar e a qualquer momento. Rendas em cores vivas unem-se a plissados, anarrugas e tecidos texturizados trazendo um mood divertido ao que, até então, era exclusivamente sinônimo de formal.