![Uma casa branca com portas amarelas, construção típica de Paraty.](https://texprima.com.br/wp-content/uploads/2017/09/01-paraty-1024x680.jpg)
Quem busca um clima colonial para desembarcar, não pode deixar de passar por Paraty. O município do Rio de Janeiro consegue misturar o gingado carioca a um charme único, difícil de encontrar em qualquer outro lugar do Brasil – seja pelos casarões e igrejas dignos de um filme de época ou pelo clima boêmio que domina as ruas quando a noite chega.
À frente de um roteiro pensado especialmente para a estamparia Texprima, a equipe escolheu Paraty e Cunha como destino para a segunda viagem do projeto PrimaVista, visando percorrer a estrada conhecida como “Caminho do Ouro” para se aproximar das artes locais e seu contexto histórico, especialmente a cerâmica. O que a equipe não esperava era que a inspiração viesse muito além disso. “Desde a arquitetura, toda elaborada com elementos originais de décadas passadas, até a natureza me inspirava. Me transportava para um tempo anterior ao nosso, em que conseguia imaginar os detalhes dos vestidos longos das moças de época e o som da carruagem sob as pedras”, conta Maíra Costa, do desenvolvimento.
O encantamento pelas cores da cidade foi unânime. De toda a equipe envolvida no projeto, nenhuma consegue deixar de citar o quanto os tons que colorem as casinhas de Paraty são encantadores. “A paleta de cores e as formas vistas com certeza serão utilizadas nas criações para traduzir a aura da cidade”, revela Marília Bacci. A simbologia por trás da escolha de muitas das cores, em especial o azul e branco que predominam na região, está na forte influência maçônica presente em Paraty desde sua construção, o que torna tudo ainda mais envolvente e interessante na hora de transformar em criação – seja de conteúdo ou de moda.
O fato de ser uma região carregada de significados incentivou a equipe Texprima a se hospedar em uma casa local. Embora o tempo na própria casa fosse restrito por conta das pesquisas, com certeza tornou-se muito mais produtivo e inspirador do que se estivéssemos em um simples quarto de hotel. Respirar a realidade da cidade, o estilo de vida “slow” dos moradores e conhecer suas preferências, ritmo e rotina valorizou cada palavra escrita e cada estampa desenhada, já que trata-se de uma história verdadeira e muito, muito rica. Para Fernanda Martins, que está no projeto desde a primeira viagem, a proximidade com os anfitriões e artistas foi essencial até mesmo para novas descobertas. “A cada pessoa que conhecíamos, um novo ateliê era indicado”, diz ao falar sobre essa corrente de informações.
![Foto do mar de Paraty com um barco centralizado numa polaroid escrita amor à moda.](https://texprima.com.br/wp-content/uploads/2017/09/02-paraty-1024x680.jpg)
Luisa Couto, também do desenvolvimento de estampas, sentiu que Paraty era necessária para trazer o frescor do verão para a coleção. “O mar, as cores, a história relacionada à nossa raiz brasileira e toda a arte sustentada pelo turismo local foram essenciais para enriquecer as criações”, conta. “São inúmeros detalhes que podem ser retirados das fotos que fizemos e transformados em uma estampa de moda”, completa.