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Voo#2 – Paraty como fonte de inspiração para a estamparia Texprima

Uma casa branca com portas amarelas, construção típica de Paraty.

Quem busca um clima colonial para desembarcar, não pode deixar de passar por Paraty. O município do Rio de Janeiro consegue misturar o gingado carioca a um charme único, difícil de encontrar em qualquer outro lugar do Brasil – seja pelos casarões e igrejas dignos de um filme de época ou pelo clima boêmio que domina as ruas quando a noite chega.

À frente de um roteiro pensado especialmente para a estamparia Texprima, a equipe escolheu Paraty e Cunha como destino para a segunda viagem do projeto PrimaVista, visando percorrer a estrada conhecida como “Caminho do Ouro” para se aproximar das artes locais e seu contexto histórico, especialmente a cerâmica. O que a equipe não esperava era que a inspiração viesse muito além disso. “Desde a arquitetura, toda elaborada com elementos originais de décadas passadas, até a natureza me inspirava. Me transportava para um tempo anterior ao nosso, em que conseguia imaginar os detalhes dos vestidos longos das moças de época e o som da carruagem sob as pedras”, conta Maíra Costa, do desenvolvimento.

Vista de cima da cidade de Paraty.

O encantamento pelas cores da cidade foi unânime. De toda a equipe envolvida no projeto, nenhuma consegue deixar de citar o quanto os tons que colorem as casinhas de Paraty são encantadores. “A paleta de cores e as formas vistas com certeza serão utilizadas nas criações para traduzir a aura da cidade”, revela Marília Bacci. A simbologia por trás da escolha de muitas das cores, em especial o azul e branco que predominam na região, está na forte influência maçônica presente em Paraty desde sua construção, o que torna tudo ainda mais envolvente e interessante na hora de transformar em criação – seja de conteúdo ou de moda.

O fato de ser uma região carregada de significados incentivou a equipe Texprima a se hospedar em uma casa local. Embora o tempo na própria casa fosse restrito por conta das pesquisas, com certeza tornou-se muito mais produtivo e inspirador do que se estivéssemos em um simples quarto de hotel. Respirar a realidade da cidade, o estilo de vida “slow” dos moradores e conhecer suas preferências, ritmo e rotina valorizou cada palavra escrita e cada estampa desenhada, já que trata-se de uma história verdadeira e muito, muito rica. Para Fernanda Martins, que está no projeto desde a primeira viagem, a proximidade com os anfitriões e artistas foi essencial até mesmo para novas descobertas. “A cada pessoa que conhecíamos, um novo ateliê era indicado”, diz ao falar sobre essa corrente de informações.

Uma porta azul com textura numa trama de madeira.
Foto do mar de Paraty com um barco centralizado numa polaroid escrita amor à moda.

Luisa Couto, também do desenvolvimento de estampas, sentiu que Paraty era necessária para trazer o frescor do verão para a coleção. “O mar, as cores, a história relacionada à nossa raiz brasileira e toda a arte sustentada pelo turismo local foram essenciais para enriquecer as criações”, conta. “São inúmeros detalhes que podem ser retirados das fotos que fizemos e transformados em uma estampa de moda”, completa.

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