Neste Dia da Costureira, celebramos mais do que um ofício: celebramos o retorno ao gesto.
Costurar, hoje, é muito mais que técnica — é escolha estética, política e identitária. Na contramão da lógica acelerada, há quem prefira fazer com as próprias mãos. Adaptar uma peça herdada, transformar um tecido esquecido, aprender a manejar a máquina de costura da avó. Em cada acabamento, uma afirmação: eu visto o que eu crio.
Geração Z, TikTok e o novo fazer manual

Nas redes sociais — especialmente no TikTok — vídeos curtos revelam processos longos: jovens tecendo, costurando, ajustando moldes, celebrando erros e acertos. A estética da imperfeição ganha protagonismo, e o processo se torna tão importante quanto o resultado.
Entre hashtags como #handmadefashion, #sewingtok e #slowfashion, uma nova comunidade se forma. Ela valoriza o tempo, o aprendizado, a autoria. E principalmente: ela transforma a moda em um espaço de presença e autenticidade.
A costura deixa de ser vista como algo do passado, alinhando criatividade e sustentabilidade com identidade.
O vestir como extensão do ser
Fazer a própria roupa é mais do que criar um guarda-roupa exclusivo. É um gesto de autonomia, assumir o próprio ritmo, romper com padrões, experimentar proporções, cortes, cores e tecidos.
A costureira, então, deixa de ser apenas uma profissional técnica. Ela é, cada vez mais, uma autora de mundos possíveis.

Cada tecido é uma superfície em branco — e cada escolha, um ponto de partida.
Costurar é, no fim, um gesto ancestral que atravessa gerações, e que também se reinventa como reconexão e autoria. Celebrar o Dia da Costureira é reconhecer essa sabedoria que resiste no tempo e se renova nas mãos de quem ousa começar.
Seja por tradição ou curiosidade, seja como profissão ou como refúgio, o gesto de costurar continua vivo. E cada ponto feito hoje faz parte de transformar o futuro.
A equipe Texprima deseja um feliz dia da costureira!
Escrito por: Larissa Reis & Luisa Couto