Como Inovar no Varejo?

Como Inovar no Varejo?

Foi-se o tempo em que o Varejo representava apenas a compra de um produto ou a supressão de uma necessidade. Diante de uma vastidão de marcas, opções, excesso de ofertas e alta concorrência, os consumidores se tornaram extremamente exigentes, buscando não só realizar uma compra, mas também viver uma experiência diferenciada em toda a sua jornada de consumo. Assim, o limite entre varejo e marketing se torna cada vez mais tênue para o mercado reagir rapidamente ao sentimento do consumidor.

Hoje, é imprescindível pensar em como inovar no varejo com ações que reúnam inovação, inclusão, sustentabilidade e digitalização, usando as novas ferramentas como uma maneira de impulsionar o seu negócio.

 

Como se diferenciar e sair na frente?

Ao redor do mundo, os consumidores estão voltando aos seus velhos hábitos – após a pandemia -, mas estão também adotando novos comportamentos, o que sugere que os varejistas devem investir em estratégias de venda omnicanal – modelo que traz a padronização da comunicação e integração entre todas as formas de atendimento online e físico, mas que personaliza a experiência do consumidor.

Então, por que não pensar fora da caixinha e proporcionar novas experiências de compra aos clientes? Vá além! Pense em quais tipos de sensações você gostaria que seus clientes associassem à sua marca. O que você quer transmitir? Sensações únicas, autênticas, divertidas, criativas?

Texprima indica! Livro Brandsense: Segredos Sensoriais por Trás das Coisas que Compramos.

5 dicas para impulsionar o seu negócio

Design

Com as marcas competindo cada vez mais pela atenção do consumidor online e offline, o design está se tornando uma forma de ampliar a visibilidade, destacar-se em meio à concorrência e incrementar a experiência de compra.

O visual merchandisign (VM), profissão e ferramenta que vem crescendo de maneira mais lenta no Brasil, tem sido encarado como uma das melhores opções para um ponto físico bem sucedido, não apenas em vendas, mas em valor agregado, identidade de marca e fidelidade de clientes. O VM apresenta os produtos de forma visualmente sedutora, enfatizando a comunicação de marca, valorizando o mix de produtos, estimulando a atração visual e auxiliando a compra. Assim, é responsável por traduzir os aspectos da marca, estruturas de narrativa e atmosferas sensoriais.

Usar elementos inesperados para compor o ambiente da loja é uma boa ideia para atrair a atenção de consumidores, assim como tornar os provadores instagramáveis, com luzes coloridas ou espelhos em formatos orgânicos, que estimulam a criação de conteúdos espontâneos. No ramo alimentício, a cafeteria We Coffee é um bom case de sucesso, pensando em espaços futuristas, minimalistas e instagramáveis.

Outra opção é tentar trabalhar com designs clean, utilizando luz natural, tons terrosos e natureza no interior do espaço, seja com plantas menores, até um mini jardim, como muitas marcas localizadas nos bairros da Vila Madalena, Pinheiros e Jardins, na cidade de São Paulo, vêm fazendo, proporcionando um espaço de reconexão e paz em meio à correria e ao caos das grandes cidades.

A tendência é que cada vez mais as pessoas optem por espaços únicos, atrativos e integrados, já que os consumidores irão querer fugir da monotonia da vida cotidiana ou precisarão de motivos para saírem de casa devido à evolução tecnológica e à possibilidade de realizar todas as compras de maneira online.

Para além, vale também pensar nas lojas conceitos e pop-ups stores, ou seja, lojas temporárias que buscam criar um cenário conectado com a sua identidade cultural, unindo narrativa e vendas e servindo como um ponto de contato e trocas especiais com os consumidores e possíveis clientes da marca.

Extra: Proporcione eventos como música ao vivo, exibição de curtas e filmes ou comemorações em datas que conversem com os propósitos da marca, atraindo público de todas as idades.

Inclusão

Ao falarmos de diversidade, tendemos a esquecer os PCDs, como afirmou um estudo feito pelo WGSN: embora 90% das empresas em nível global afirmem priorizar a diversidade, somente 4% delas consideram as deficiências nesses tipos de iniciativa, sendo já comprovado que lojas que deixam de focar nesse público perdem uma quantidade considerável de ganhos.

A OMS estima que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas ao redor do mundo tenham deficiências visuais, logo, os e-commerces acabam sendo uma opção natural para simplificar a jornada de compra. Então, por que não pensar em tecnologias que descrevam pessoas, textos e objetos em voz alta ou sites que deem a possibilidade de ajuste do tamanho da fonte ou o contraste da tela? Dos mais de 400 milhões de sites ativos no mundo, menos de 1% tem recursos de acessibilidade. É essencial que os varejistas inovem e invistam na Tecnologia Assistiva, tendo como consequência a fidelização do cliente. Saia na frente!

Dê também a opção do consumidor planejar e agendar sua ida à loja, saber onde estão os produtos desejados com antecedência ou informar os motoristas sobre processos especiais de entrega, tornando a experiência de compra mais prática.

Para empresas que sentem dificuldade de encontrar funcionários, recorra a grupos pouco explorados, diversificando o perfil dos colaboradores e gerando um impacto social.

Outro tipo de abordagem inclusiva é a organização dos produtos sem gênero, não tendo áreas específicas de roupas masculinas e femininas, uma atitude simples, mas que traz para o holofote e atrai a atenção de pessoas que não se enxergam em um ou outro.

Tecnologia

Com a aceleração tecnológica provocada pela pandemia, os compradores passaram a adotar novos hábitos conduzidos pelo digital, desenvolvendo expectativas mais altas em relação ao nível de conveniência e agilidade que a tecnologia permite.

Não é a toa que exposições imersivas estão sendo cada vez mais frequentes ao redor do país. A nova sociedade anseia pelo contato com o digital e com estas novas maneiras de interação. Para muitos pode ser algo superficial, mas isso representa o início de um movimento tecnológico muito maior.

Por mais que exista ainda uma incerteza e receio destas novas ferramentas, como a inteligência artificial, realidade virtual e a realidade aumentada, elas chegaram para ficar e podem trazer inúmeros benefícios e facilidades tanto para as marcas quanto para os consumidores.

No Brasil já existe, por exemplo, um modelo em que algoritmos calculam melhor os interesses de cada usuário, personalizando a vitrine da loja virtual de acordo com o cliente. Ou então ferramentas de otimização de estoque – como sistema de gerenciamento inteligente, de logística reversa e previsão de armazenagem -, diminuindo a necessidade de personalizações manuais e aumentando a produtividade do time de marketing. E ainda, opções de categorização e entendimento de feedbacks, automatizando a identificação, triagem e encaminhamento de conversas de suporte e oferecendo as práticas mais relevantes para a equipe de atendimento ao cliente.

De acordo com o WGSN, os compradores esperam a integração da tecnologia nas lojas físicas, incluindo entretenimento – como ativações interativas -, experiências digitais imersivas – como provadores inteligentes – e sistemas de reservas digitais para consultores de vendas.

Lembre-se de pensar em opções que retenham mais tempo os consumidores dentro dos sites e/ou lojas, mas que não dificulte o processo da compra.

Sustentabilidade

Não é novidade que está cada vez mais necessário repensar os hábitos de consumo e adotar uma moda mais sustentável. Por isso, espera-se que os varejistas acelerem essa mudança trazendo opções e experiências mais responsáveis para os seus clientes, que já começaram a dar prioridade para marcas que demonstram maior importância nessa questão.

Nem sempre incorporar práticas mais sustentáveis é fácil, mas comece tornando-se um centro de informações sobre o assunto, dando dicas aos seus clientes, inserindo lugares para o descarte de garrafas plásticas – entre outros -, e faça parcerias com ONGs ambientais para workshops, proporcionando prêmios para “tarefas verdes” realizadas na loja.

A sustentabilidade na moda deve ser pensada de ponta a ponta, por isso, opte por matérias primas sustentáveis, como tecidos reciclados, de algodão sustentável e viscoses responsáveis, educando o seu consumidor de que essas bases são opções com qualidade, beleza e importância! Aqui na Texprima, por exemplo, ao garantir um tecido da linha MOVE, você recebe também uma tag de certificação para facilitar a comunicação com o consumidor final.

Inove oferecendo serviços de reparos – modelo pouco explorado -, o que reforça a qualidade das roupas da marca, além de estimular um relacionamento contínuo com o cliente, já que a transação não termina no momento da venda. É possível também fazer parceria com costureiras e alfaiates da região, girando a economia local, ou ainda, com estilistas emergentes especializados em upcycling e patchwork, criando roupas personalizadas. Por fim, que tal educar o seu consumidor de maneira mais aprofundada sobre maneiras de consertar, salvar e reaproveitar roupas danificadas ou guardadas?

Bem-estar

Os funcionários também estão sendo analisados nas tendências para o varejo, isso porque muitos têm reavaliado suas prioridades e focado em seu bem-estar. O varejo ficou entre os três últimos setores em termos de bem-estar, e seus funcionários apresentam um dos maiores índices de intenção de demissão.

Isso faz com que seja essencial focar nos colaboradores. Um estudo feito pelo Snapchat em conjunto com a Omnicom Media Group comprova que clientes são mais leais às marcas que abordam questões sociais, políticas trabalhistas justas e que promovem uma cultura de trabalho saudável e inclusiva. Assim, trate seus funcionários como especialistas, valorize o conhecimento deles e foque em experiências também pensadas para os colaboradores.

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